30 anos de experiência em cirurgia plástica avançada.
Alberto Lott Caldeira: Adolescentes brasileiros…

Alberto Lott Caldeira: Adolescentes brasileiros se submetem cada vez mais a cirurgias plásticas

O Brasil é o segundo país do mundo onde mais se faz cirurgia plástica, em número de procedimentos cirúrgicos estéticos, abaixo dos Estados Unidos. É também o segundo do mundo em número de publicações científico-cirúrgicas.
Os adolescentes brasileiros se submetem cada vez mais a cirurgias plásticas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos dez anos houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos. Em 2016 — ano do último censo da SBCP—, foram feitas 1.472.435 cirurgias plásticas estéticas ou reparadoras em solo nacional, das quais 6,6% foram em pacientes com até 18 anos. Por motivos semelhantes, a Sociedade Americana de Cirurgiões (ASPS), não endossa o uso de implantes mamários para fins estéticos em adolescentes com idade inferior a 18 anos, legalmente, não podem consentir a cirurgia. Os pais ou responsáveis devem dar o seu consentimento, embora adolescentes entre as idades de 12 e 17 anos devam ser capazes de aprovar o procedimento cirúrgico.
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A adolescência é um momento de rápidas mudanças e desequilíbrios na imagem corporal. A aparência é um fator de risco à insatisfação, podendo ter um impacto negativo na vida social dos adolescentes, que comparam seus corpos o tempo todo. A reavaliação constante da imagem para si e para os outros pode provocar mudanças, como diferentes opções de penteados ou roupas, ou, em alguns casos, comportamentos alimentares patológicos. A adolescência é um momento chave no desenvolvimento do corpo e da imagem, em decorrência das normativas e dos desafios dessa faixa etária, tais como: o desenvolvimento puberal, a formação de identidade, a imagem e a sexualidade.

As cirurgias plásticas são mais complexas nessa idade e podem não ser apropriadas para todos os adolescentes, há questões de ordem psicossocial, ética, legal e cirúrgica a serem analisadas.
Uma das limitações da cirurgia plástica em adolescentes é representada pela ausência de um completo desenvolvimento corporal. Podem existir problemas psicossociais como inseguranças relacionadas à mama, símbolo da sexualidade feminina. O tamanho e forma das mamas podem revelar inconformidades psicoemocionais e pressões socioculturais que contribuem para a insatisfação comprometendo a autoestima desses pacientes. Adolescentes podem não ter a maturidade para considerar as consequências futuras.
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Os cirurgiões devem fornecer aos pacientes e aos seus responsáveis informações precisas sobre o procedimento e suas consequências em médio e longo prazo, fornecendo-lhes as orientações para que possam decidir em plenitude dos fatos.
*Alberto Lott Caldeira é cirurgião plástico, Mestre, Doutor é professor regente do Curso de especialização em Cirurgia Plástica do Instituto Avançado de Cirurgia Plástica (IACP).Professor convidado do Departamento de Pós-graduação em Cirurgia Plástica da Universidade Federal do Estado do RJ – UNIRIO É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica . Miembro Titular de la Federación Ibero Latino-americana de Cirurgia Plástica Y Reconstructiva – FILACP

Referência: https://odia.ig.com.br/opiniao/2022/07/6441167-alberto-lott-caldeira-adolescentes-brasileiros-se-submetem-cada-vez-mais-a-cirurgias-plasticas.html

O uso de células adiposas na cirurgia estética…
O uso de células adiposas na cirurgia estética e reconstrutora das mamas

O uso de células adiposas na cirurgia estética e reconstrutora das mamas

Na tentativa de encontrar a técnica ideal para obter melhores resultados cirúrgicos e menos invasivos se começa a explorar o campo dos enxertos autólogos de gordura. Nas últimas décadas, o enxerto de gordura autóloga tem atraído muitos cirurgiões, a gordura aspirada é fonte de células progenitoras estromais semelhantes embriologicamente as células tronco da medula óssea, as mais estudadas até então, porém de difícil obtenção em relação ao tecido aspirado da gordura nas cirurgias de contorno corporal. Sendo as células mesenquimais de características proliferativas, vamos avaliar o enxerto de gordura como alternativa de tratamento das hipotrofias mamarias.
A transferência de gordura autóloga nas mamas tem uma longa e controversa história. Em 1987, uma declaração da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos proibiu o procedimento com a preocupação que os enxertos não sobreviveriam e podem levar a calcificação, acreditando-se ser indistinguível de câncer com a tecnologia das mamografias. No entanto, os radiologistas hoje são mais capazes de diferenciar processos neoplásicos daqueles de necrose do tecido gorduroso.
Além disso, por causa de muitos refinamentos técnicos, a transferência de gordura autóloga é hoje muito promissora no campo das mamoplastias de aumento.
Embora a transferência de gordura tenha sido introduzida como uma forma de tratamento estético, nos últimos anos tornou-se uma ferramenta útil em procedimentos complexos de reconstrução e não apenas como um tratamento auxiliar.
A nossa técnica cirúrgica de escolha se fundamenta na realização de uma lipoaspiração localizada, reduzida e específica para retirada de pequenos excessos gordurosos ou associado a uma ampla lipoaspiração com lipoescultura e reaproveitamento generoso da gordura em múltiplos sítios receptores. Procedemos à retirada da gordura com cânulas de maior diâmetro, que serão progressivamente reduzidos, acompanhando a diminuição da espessura do panículo adiposo. O tecido gorduroso retirado e decantado em frascos intermediários permanecendo isento de manipulação ou da adição de quaisquer substancias ou produtos ditos enriquecedores. A gordura decantada é transferida para seringas de diferentes calibres de acordo com a área receptora. Para a enxertia, damos preferência ao uso de microcânulas de 1,4 a 2,0mm na mama, sempre de forma tunelizada ou radiada.

O acompanhamento clínico do tecido gorduroso transferido nos mostrou uma manutenção de seu volume enxertado nos primeiros 30 dias (4 semanas), seguida de uma gradual e evidente perda volumétrica nos 60 dias subsequentes (5 a 12 semanas) e um retorno ao volume originalmente enxertado a partir da 13º semana. Este comportamento apresenta-se absolutamente compatível com a cronologia dos fenômenos descritos em diversas publicações recentes.
A terapêutica com transferência de gordura autóloga lipoaspirada além de menos invasiva, possibilita uma efetiva e singular reestruturação das estruturas dermogordurosas, alcançando nossa finalidade de:

1. Aumentar o volume tecidual (Voluminização).
2. Reforçar o potencial dos tecidos (Revitalização).
3. Modulação de processos imunorreativos (Harmonização)

Células progenitoras derivadas tecido adiposo (ADSC) têm demonstrado propriedades reparadoras para substituir as células danificadas ou em falta, preencher e remodelar deformidades e com isso promover o aumento volumétrico das mamas e uma reestruturação dos tecidos adjacentes à área de enxertia, de forma significativa, duradoura, confiável e segura.

O Dr. Alberto Caldeira conta com uma experiência de mais de 30 anos no exercício da atividade clínico-cirúrgica dentro da cirurgia plástica. Completou três anos de especialização em Cirurgia Plástica no Curso de especialização em Cirurgia Plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, como residente na Clínica Ivo Pitanguy no mesmo período (1982-1984). Obteve o grau de Mestre em Medicina (Cirurgia Plástica) pela PUC/RJ (1985), com defesa de tese em 1988; seguido de revalidação e habilitação ao exercício profissional na Comunidade Européia com Seduta di Laurea e Esame d’Stato à L’Università Federico II di Napoli, Itália (1995). Doutorando em Cirurgia no Centro de Pós Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – MG. O Dr. Caldeira é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), Membro Internacional da American Society of Plastic Surgery (ASPS), da American Society of Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS) e do American College of Surgeons (ACS). Membro titular da Federação Ibero-Latino Americana de Cirurgia Plástica (FILACP) e da International Confederation for Plastic and Reconstructive Surgery (IPRAS). Full-fellow do International College of Surgeons (ICS) e da International Society of Aesthetic and Plastic Surgery (ISAPS), além de pertencer a mais de trinta outras sociedades médicas da especialidade e afins. Até o momento, mais de cento e vinte trabalhos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais.

Opinião, por Alberto Caldeira (cirurgião plástico)…
Opinião, por Alberto Caldeira (cirurgião plástico): “Como as pessoas não estão podendo viajar, e estão mais isoladas em casa, resolveram investir em si próprias”

O Brasil é o segundo país do mundo onde mais se faz cirurgia plástica, em número de procedimentos cirúrgicos estéticos, abaixo apenas dos Estados Unidos. É também o segundo do mundo em número de publicações científico-cirúrgicas. Essa tendência, a partir da segunda fase da pandemia da Covid-19, tem aumentado — houve um crescimento significativo e importante no número de pacientes interessados em cirurgia plástica. Está acontecendo um boom neste início de 2021, e isso em todas as clínicas e consultórios e em níveis sociais distintos, mesmo os menos favorecidos. Como as pessoas não estão podendo viajar, e estão mais isoladas em casa, resolveram investir em si próprias, em procedimentos que resultem em uma melhoria da autoestima, do senso de valorização pessoal.

Portanto, com esse número cada vez mais crescente de pacientes, vejo uma expansão progressiva da cirurgia plástica brasileira no pós-pandemia. Na Europa, não se busca a cirurgia plástica como no Brasil; por sermos um país tropical, isso estimula uma maior preocupação com o corpo. Há cerca de 50 anos, a população brasileira era formada, em sua maioria, por jovens. Existe uma busca da jovialidade muito grande; há uma necessidade da pessoa de não envelhecer, de buscar a juventude para se manter no mercado de trabalho e para se obter maior aceitação social.

O Brasil é um mercado muito importante na cirurgia plástica, que envolve milhões. Representa um grande volume de investimento financeiro na comercialização de máquinas, aparelhos, clínicas, implantes de silicone, medicamentos e na absorção de pessoas e de dependentes, envolvendo uma ampliação do mercado de trabalho nesse segmento.

A cirurgia plástica brasileira, hoje, no século XXI, é representada por  bons cirurgiões que se assentam sobre os ombros de “gigantes” — que foram os mestres, os cirurgiões brasileiros que formaram várias gerações, fazendo escola — e que elevaram o patamar nacional nos últimos 60 anos, na posição de excelência, de prestígio, de respeitabilidade que ela ocupa no mundo.

Atualmente, qualquer congresso, encontro, simpósio de cirurgia plástica de prestígio contam com a presença de pelo menos um cirurgião brasileiro.

No Rio, nós oferecemos  um curso de formação  na área de cirurgia plástica, com duração de três a quatro anos, reconhecido pelo MEC, cujas vagas são preenchidas integralmente por estrangeiros ávidos por completar sua formação médica e na especialidade sob nossa orientação e expertise. Assim, lembrei-me do saudoso professor Ivo Pitanguy (1926/2016), da sua importância, não só na minha formação cirúrgica e profissional como também na globalidade de minha formação humana, filosófica e ética.

Como dizia o imperador Marco Aurélio: “A filosofia é o único meio capaz de nos oferecer uma orientação”. E a convivência com o mestre Pitanguy como seu residente e mestrando durante quatro anos, levou-me, de forma inexorável, a planos que jamais teria alcançado sem seus ensinamentos.

Certa vez, em 1982, o “professor” (era assim que nós o chamávamos) pediu a um residente espanhol que fizesse o prefácio de um livro; depois seria corrigido por ele. O colega espanhol, sentindo-se atemorizado com tal encargo, transferiu-me a missão. A partir do um mês seguinte, dediquei-me com afinco a esse texto. Ao concluí-lo, a secretária científica da clínica, Elci Hime Baptista, colocou o texto em uma sacola de documento, que diariamente o acompanhava. E Pitanguy, ao se dirigir da casa, na Gávea, para a clínica, lia todas as cartas, protocolos, artigos, telegramas sobre os quais ele tinha que orientar a secretária.

Ao ler o texto que eu havia preparado, ele me convocou. Ao chegar à sua sala, ele disse: “A partir de hoje, você tem que estar junto de mim”. E foi assim que ele me convidou para morar na sua clínica, onde desde então, passei a residir.

Acredito que só aprendemos através da modelagem pessoal, ou seja, através da introjeção de valores, de atitudes, comportamentos e percepções, nos quais absorvemos qualidades e defeitos.

Alberto Caldeira é mestre e doutor em cirurgia plástica, membro titular, por exemplo, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, da American Society of Aesthetic Plastic Surgery e assim vai. Tem mais de 100  trabalhos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais. Atende no seu consultório, em Ipanema.

Referência: https://lulacerda.ig.com.br/opiniao-por-alberto-caldeira-cirurgiao-plastico-como-as-pessoas-nao-estao-podendo-viajar-e-estao-mais-isoladas-em-casa-resolveram-investir-em-si-proprias/

Ao mestre Pitanguy, com carinho

Alberto Caldeira
Cirurgião plástico, mestre, doutor, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, membro titular da Federação
Ibero-Latino-americana de Cirurgia Plástica, da American Society of Aesthetic Plastic Surgery
e da International Confederation for Plastic and Reconstructive Surgery. Full-fellow do International College of Surgeons, International Society of
Aesthetic and Plastic Surgery, da ASPS

O Brasil é o segundo país do mundo onde mais se faz cirurgia plástica, em número e procedimentos cirúrgicos estéticos, abaixo dos Estados Unidos. É também o segundo em número de publicações científico-cirúrgicas. A partir da segunda fase da pandemia da COVID-19, houve um crescimento no número de pacientes. Está acontecendo um boom neste início de 2021, e isso em todos os consultórios, mesmo entre a população menos favorecida. Como as pessoas estão mais isoladas, resolveram investir em procedimentos que resultem em uma melhoria da autoestima.

Portanto, vejo uma expansão da cirurgia plástica brasileira no pós-pandemia. O Brasil, por ser um país tropical, isso estimula uma maior preocupação com o corpo. Existe uma necessidade de se buscar a juventude para se manter no mercado de trabalho e para se obter maior aceitação social. Nas décadas de 1960 e 70, a população era formada, em sua maioria, por jovens dos 18 aos 30 anos. Em 1940, a expectativa de vida ao nascer era de 45,5 anos e chegou a 76,3 anos em 2018. Hoje, mais da metade da população encontra-se acima da quarta década de vida.

Há de se considerar a importância econômica desse universo. O Brasil é um mercado que envolve milhões. A cirurgia plástica brasileira, hoje, é representada por cirurgiões de excelência que se assentam sobre os ombros de “gigantes” – os mestres – que elevaram o patamar nacional, nos últimos 60 anos, à posição de respeitabilidade que ela ocupa no mundo. Qualquer congresso de prestígio conta com a presença de pelo menos um cirurgião brasileiro. Assim, lembrei-me do professor mineiro Ivo Pitanguy (1926-2016), da sua importância, não só na minha formação profissional como na globalidade de minha formação filosófica e ética. E a convivência com ele, como seu residente e mestrando, levou-me, de forma inexorável, a planos que jamais teria alcançado sem seus ensinamentos.

Era 1982, o “professor” (como o chamávamos) pediu a um residente que fizesse o prefácio de um livro. O colega, sentindo-se atemorizado com o encargo, transferiu-me a missão. Dediquei-me com afinco. Ao ler, ele me convocou e disse: “A partir de hoje, você tem que estar junto de mim”. E assim me convidou para morar na sua clínica. Só aprendemos através da modelagem pessoal, ou seja, através da introjeção de valores, de atitudes, nos quais absorvemos qualidades e defeitos.

Referência: https://www.em.com.br/app/noticia/opiniao/2021/04/17/interna_opiniao,1257965/ao-mestre-pitanguy-com-carinho.shtml

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